sexta-feira, 16 de maio de 2014

Chemical Disaster (Death Metal) - Santos/SP




Fundado em 1990 na cidade de Santos, litoral do Estado de São Paulo, o CHEMICAL DISASTER surgiu das cinzas do IGNORANCE, banda THRASH que contava com André Luiz (g) e Luiz Carlos Louzada (v). A partir da entrada de André Martins (b), houve uma reformulação total de concepções musicais e estruturais que resultou no início de um novo grupo. Complementando a formação original, vieram Arthur Justo (ex-ALCOÓLICA) e Diego Gonzalez. Em menos de 1 ano produziram a DEMO-ENSAIO “LETHAL EPIDEMIC”, que serviu de base para a 1a.DEMO oficial, lançada no final de 1990, produzida por Zhema Rodero (do VULCANO).

Demo-Tape '90

Com boas resenhas em zines e revistas o grupo passa a fazer vários shows pela região e em 1991, após uma apresentação com o DORSAL ATLÂNTICA, é relançada a 1a.DEMO, trazendo de bônus algumas músicas gravadas neste show.

 Demo-Tape '90 (relançamento de 1991)

Após a inclusão de Décio Porchat (k), o grupo passa a ter mais influências de DEATH/DOOM em seu som, que culminou com o lançamento da 2a.DEMO de estúdio, “SEEDS AND ASHES”, no final de 1991, trazendo Arthur Von Barbarian (VULCANO, ex-PSYCHIC POSSESSOR e SAFARI HAMBURGERS) na produção. Com esta DEMO, despertaram o interesse da COGUMELO RECS. que sugere ao grupo a gravação de um novo trabalho, visto que, já em 1992, o tecladista Décio havia deixado o grupo. Foi então que lançam a 3a.DEMO, “LOST SOULS IN THE ABOMINABLE REALM OF DARKNESS”, trabalho este que foi produzido pela banda e novamente com assistência de Zhema Rodero, que mostrou um som baseado no DEATH METAL já característico do grupo. Em 1993, com contrato assinado com a COGUMELO RECS., eles precisavam escolher um estúdio para produzir o debut-LP; foi então que resolveram gravar a música “BLACK METAL” (hino do VENOM no álbum homônimo) no Master Estúdio, em Santos. Meses depois dá-se início à gravação de “RESURRECTION”, o 1o.LP, lançado no final de 1993, mesclando material das DEMOs à algumas composições mais novas.

Chemical Disaster - 1990/1993

Em 1994, a banda torna-se um sexteto com a entrada de Evagner Claus nos teclados, mas antes de começar a tour promocional pela região, Fernando Nonath assume o posto do guitarrista Diego, que deixou o grupo para ir morar na Argentina. No final de 1994, outra baixa, desta vez, André Martins, o principal compositor do grupo, acaba sendo substituído por Cláudio Milone e, já em 1995, o tecladista Evagner deixa o grupo. Após estas mudanças, a sonoridade do CHEMICAL volta-se mais ao DEATH METAL tradicional, abrindo mão dos climas DOOM de antes e, mesmo assim, o grupo não foge de outra baixa, quando André Luiz resolve dedicar-se ao WRINKLED WITCH, nova banda do ex-baixista André Martins, que seguia um direcionamento totalmente voltado ao BLACK METAL. Então, Marcelo Miranda (ex-GRUNKS) entra como guitarrista, onde permanece até o final de 1996, quando decide sair para integrar o NERVOCHAOS como vocalista.

Chemical Disaster - 1996

Apesar do CHEMICAL DISASTER não ter nenhum lançamento oficial entre os anos de 1994 à 1996, a banda fez vários shows pelo Estado e, após a saída de Marcelo, o ex-integrante André Martins chegou a realizar algumas apresentações ajudando o grupo, como segundo guitarrista. Em 1997, após a entrada de Leão Gazzano (ex-EXPLICIT REPULSION) na 2a guitarra, o grupo grava a “PROMO-TAPE ‘97”, que mostrava o que viria no segundo disco oficial, totalmente já escrito.

 Promo-Tape '97

Mas devido à falta de perspectiva por parte da gravadora COGUMELO RECS., somente em 1998, após o término do contrato com a antiga gravadora, é que dá-se início à gravação do novo material. Com produção totalmente independente, o grupo grava e mixa o trabalho durante todo o ano de 1998, enquanto fazia shows por diversas cidades da região, analisando a reação do público com relação às novas músicas.

Chemical Disaster - 1997/1998

Após o término da gravação, enquanto já iniciavam os contatos com possíveis gravadoras interessadas em lançar o segundo disco, no início de 1999, o vocalista Luiz Carlos decide deixar o grupo, concentrando-se em sua banda paralela BLIND, onde atuava como baterista desde 1994. Para seu lugar a banda decide chamar de volta Marcelo Miranda, que na época, não fazia mais parte do NERVOCHAOS. No entanto, as alterações não param e o baixista Cláudio é substituído por Fábio Brunelli (ex-CHESED GEBURAH). Para pré-divulgar o material gravado, o CHEMICAL participa do CD “THE WINDS OF A NEW MILLENIUM III”, via DEMISE PRODUCTIONS, no começo de 2000.


A partir daí, começam a negociar com este selo o lançamento do CD “SCRAPS OF A BEING”, mas antes do mesmo sair, Marcelo decide deixar o CHEMICAL para reestruturar o GRUUNKS (que posteriormente tornaria-se o ARUM) e então, Leão Gazzano deixa o posto de guitarrista para tornar-se o vocalista do CHEMICAL. No final do mesmo ano é lançado pela DEMISE o CD “SCRAPS OF A BEING”, contando com uma ótima produção gráfica e trazendo o material gravado durante o ano de 1998.


Mais shows em 2001 para promover o tão aguardado 2o.disco se sucedem, mas no final do ano, Leão sai do grupo e passa a se dedicar mais à sua banda paralela HIERARCHICAL PUNISHMENT (onde é guitarrista e um dos fundadores, e que também conta com o vocalista Luiz Carlos Louzada, no grupo desde 2001). Já em 2002, Waldemar Novaes entra para o posto de vocalista, encarando mais shows de divulgação do 2o.CD; neste ano o Chemical é convidado a participar de um tributo ao MOTÖRHEAD, ao lado de grandes nomes da cena underground. Para isso, regravam “SEX AND OUTRAGE” (presente no album "Iron Fist", de 1982), mas por razões desconhecidas, o projeto do tributo é engavetado pelos organizadores. A partir de 2003, o CHEMICAL dedicou-se à composição do 3o.disco, “Third Wound”, enquanto continuam tocando em eventos importantes da cena underground. Em 2004 inicia-se o processo de gravação do novo trabalho, e para pré-divulgar o material, o grupo participou do cd “ENDLESS MASSACRE I” (agosto de 2005) pela Violent Recs. e no final de 2007, lançou a "Promo Disaster ´07" (com 3 faixas novas).


Mais shows e nova participação em cd, “ENDLESS MASSACRE III” (agosto de 2009) através da VIOLENT RECORDS.

Chemical Disaster - 2002/2009

Então, uma reformulação ocorre no line-up, com a saída do vocalista Valdemar Novaes e o retorno de Luiz Carlos Louzada, após 10 anos. Para completar o novo time, Ricardo Lima (do Predatory, ex-Tailgunners) assume a 2a.guitarra e então, o Chemical volta a ser um quinteto. Nova participação em cd: “THE METAL INFECTING THE WORD COMP. VOL. 02” (janeiro de 2010) pela Anaites Prods. & Distro. E participam do cd "Satanic Legions - A Tribute to Vulcano", novamente pela Violent Recs. (junho/2010), todos com músicas gravadas pelo ex-vocalista Valdemar Novaes.


Por conta da reestruturação, a banda decide pela participação de Luiz Carlos e Ricardo Lima no novo disco (que já estava mixado) e em 2010, regravam todos os vocais e incluem novos solos e arranjos de guitarra, remixando o album e concluindo a masterização. Finalmente, em 2011 é lançado o cd “Third Wound”, através da parceria entre a Violent Recs e a Hammer of Damnation.

Chemical Disaster - 2010/2012

Em 2012, participam do cd “Endless Massacre IV” (pela Violent Recs) e “Nocturnal Age Comp. Vol.01-True Extreme Brazilian Metal Attack” (pela Nocturnal Age Recs).



Em 2013, nova participação em cd pela Violent Recs, no compilado "Endless Massacre V".

 
Mas na metade do ano, Arthur Justo deixa o grupo por conta de problemas de saúde; em seu lugar entra Celso “VX” (ex-Vulcano e Carpatus). Com esta formação, o grupo realiza alguns shows pela região da Baixada Santista e interior de São Paulo e já inicia o processo de composição de novas músicas.

Chemical Disaster - 2013/2014

No entanto, em maio de 2014 ocorre uma nova baixa; desta vez, o baterista Celso VX deixa o grupo. Após um período de testes com músicos da região, o Chemical Disaster anuncia o novo integrante: Juca Lopes (ex-baterista de grupos como Desecration, Abuso Sonoro e Casus Belli), efetivado no fim de julho.

Juca Lopes

Ainda durante a adaptação do novo baterista, o baixista Fábio Brunelli se desligou do grupo. A escolha do substituto foi rápida e logo anunciada. Diaz, baixista dos grupos Infector e ID.E.N., e ex-integrantes de grupos como Hierarchical Punishment e Vulcano, completando o ciclo de mudanças enfrentadas pelo Chemical Disaster em 2014.

Diaz

Em março/2015, sai o 4o.full-lenght intitulado "More Scraps of Our Being", lançamento comemorativo pelos 25 anos de estrada, que reúne 2 demos (1997 e 2007), além de material inédito gravado nas sessões de gravação dos álbuns "Scraps of a Being" e "Third Wound", e ainda covers de grupos como Venom, Judas Priest, Vulcano e Motörhead, mas o grande destaque é a música composta exclusivamente para este cd, "Cannibalistic Greed", que mostra o atual poder de fogo do quinteto.


Ainda no início de 2015, fecham acordo com a gravadora européia Metal Soldiers Recs (de Portugal) e gravam uma música do Harppia, que saiu no tributo organizado pela mesma; uma justa homenagem à um dos grupos mais tradicionais do cenário Heavy Metal nacional. A música escolhida foi "The Last Chance", do album "Harppia's Flight" (1997), 3o disco de inéditas lançado pelo veterano grupo paulistano; inclusive, esta música também faz parte da trilha-sonora do documentário "Woodstock - Mais que uma Loja" (filme que retrata a importância da Woodstock Discos na cenário metálico brasileiro).


Show de estréia da nova formação, em Dez/2014

Encerram o ano de 2015 participando da coletânea digital "São Power 2015", organizada pela Rádio Rock Nation em parceria com o produtor Antonio Celso Barbieri, em comemoração aos 30 anos da icônica coletânea "São Power", lançada em 1985 pela Devil's Discos.

Capa da coletânea São Power 2015

Em 2016 lançam o 1o clipe oficial, da música "Cannibalistic Greed", produzido pelo Estúdio JustDesign, com direção do experiente Rodiney Assunção e seguem realizando shows em suporte ao 4o album ao mesmo tempo que continuam compondo novas músicas.
 
Juca Lopes (d), Diaz (b), Fernando Nonath (g), Ricardo Lima (g) & Luiz Carlos Louzada (v)
 
Durante 2017 iniciam contatos com a Secret Service Records, gravadora com a qual iriam passar a trabalhar, participando de importantes tributos em cd. Em 2018, gravam o material que faria parte do split-cd com os suecos do IN PAIN, ao mesmo tempo que participam dos cds-tributo "Sabbath Brazil Sabbath-The Brazilian Tribute to Black Sabbath" e "For Those About to Brazil... The Brazilian Tribute to AC/DC", ambos pela Secret Service Records.
 
 

Já em 2019 é lançado o split-cd "Pain of Chemical Sufferings" com a banda IN PAIN, que traz 4 músicas novas, 1 cover do Kreator (do álbum de estréia dos alemães, de 1986) e em comemoração aos 25 anos de lançamento do debut-LP "Resurrection", regravam 3 músicas deste disco. No mesmo ano, participam do cd "Hellfire-A Brazilian Tribute to Sabbat", uma das bandas de Metal Extremo mais antigas do Japão.


2019 chega com mudanças de formação, trazendo o baterista Paulo Mariz (da banda TOSCO, ex-baterista do Kill Mistere do Sacred Curse). Durante o ano compõem mais material, visando o 5o álbum, e também aproveitam para gravar novas participações em álbuns tributo (pela Armadillo Records, sub-label da Secret Service Recs).
 
Diaz (b), Ricardo Lima (g), Fernando Nonath (g), Luiz Carlos Louzada (v) & Paulo Mariz (d)

Em 2020, ano da pandemia mundial, o Chemical Disaster interrompe os ensaios, mas é neste ano que são lançados os cds-tributos "Brazil Rock City... The Brazilian Tribute to Kiss" e "The Brazilian Tribute to Iron Maiden-Somewhere in Brazil" (ambos lançados pela Armadillo Recs).



O grupo retoma os ensaios apenas no fim de 2021, e encerram o ano gravando um cover da veterana banda BOSTON, para o cd-tributo "The Best Noise Ever-The Brazilian Metal Tribute to 80's", da Secret Service Records (de Londres/UK). Esta gravação marca o fim da formação que estava fixa desde 2019, pois Ricardo Lima, Paulo Mariz deixam o grupo, para focar em sua banda paralela Tosco (que também estão em fase de mixagem do futuro 3o album oficial).


2022 traz um Chemical Disaster renovado, com o retorno do amigo de longa data Leão Gazzano para ocupar a 2a guitarra, depois de 2 décadas fora do Chemical (período este, onde tocou em bandas como Repulsão Explícita, Preguh e Hierarchical Punishment) e, completando a formação, Bruno Conrado (das bandas Kill Mister e Vulcano) assume a bateria. Finalmente concluem o processo de composições do 5o álbum, com 13 músicas que refletem o período tenso que todos viveram durante a pandemia mundial.
Luiz Carlos Louzada (v), Diaz (b), Leão Gazzano (g), Bruno Conrado (d) & Fernando Nonath (g)

Mas 2023 chega com novas mudanças, após a saída do baixista Diaz e do baterista Bruno Conrado, ambos tomando a decisão de focar o tempo livre em outras atividades, sejam de ordem pessoal ou profissional, mas acima de tudo, mantendo a forte amizade com os integrantes da banda. Então, a banda anuncia o baixista Morto (veterano músico da cena regional, com passagens por bandas como No Sense, Bones Erosion, Repulsão Explícita, Abuso Sonoro, Hierarchical Punishment, entre outros) e o baterista Reginaldo Tavares (que há 20 anos integra o Ninurta, além de também já ter tocado no Mourful Tears). Com o atual line-up, a banda está concluindo a fase de gravação da pré-produção do 5o álbum, ainda sem titulo definido).

Morto (b), Fernando Nonath (g), Leão Gazzano (g), Reginaldo tavares (d) & Luiz Carlos Louzada (v)

 
Para ouvir os 3 primeiros albuns lançados, basta acessar o bandcamp:

Para ouvir o 4o álbum lançado, acesse o bandcamp abaixo:
Contatos:


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

6 WAY - “ZOMBIFIED HUMANITY” (resenha)

6 WAY - “ZOMBIFIED HUMANITY” (2012)
Por Léo Manhães (ex-Vômito)

Coloquei o CD para rolar exatamente às 18:01 horas do gelado dia 17 de julho  de 2012, ano em que acabaria o mundo...  Bem, se depender deste 6-way CD, tudo virá abaixo mesmo, uma reunião de fudidas bandas da cena Gore/Grind  tupiniquim; abrindo este CD  podemos conferir o som da SYPHILITIC ABORTION. Instrumental sujo totalmente cativante com vocais insanos e carregados de pitch, puro Gore Grind muito bom, feito por quem entende do assunto; sua formação neste registro conta com o Goulart e o Corvo nas cordas (eles tocavam na extinta PREMATURE AUTOPSY), também no time o Elton (baterista da lendária banda SARCASTIC). O som é sujo, rápido e com efeitos até o talo para os vocais (como gosto disso!!!) e os títulos das músicas são singelos, como um tiro de doze na cara. Sem dúvida uma das melhores bandas do gênero aqui no Brasil na atualidade; a seguir curtimos o som da MITHRUBICK. Porra, é uma grande satisfação estar resenhando o som destes meus amigos e conterrâneos, que estão ativos já há um bom tempo. Este registro  é puro Death/Grind, pesado, agressivo e tocado de forma  inconfundível pelos caras. No encarte não menciona, mas esta gravação ainda tem em sua formação o Dôdo, que fazia o vocal com efeito e o baixo, mas ele deixou a banda e eles voltarm a ser um power  trio. O instrumental é pesado e muito bem executado; baixo sujo, guitarras pesadas e bateria espancada brutalmente como só o Nando faz. Para quem aprecia aquele bom e velho Death Metal na linha de NAPALM DEATH da fase Harmony Corruption com toques de Bolt Thrower, cito-as apenas para situarmos melhor o som, por que identidade e personalidade eles tem de sobra; sua temática é voltado ao Core, Brutal !!! Na sequencia rola a "two men band" TRITURADOR, onde o Charles assume todas as vociferações, enquanto Jorge Filho responde pelo instrumental Gore/Grind muito intenso e bem tocado, músicas extremamente rápidas com vocais que variam do gutural (no seco, muito bom) com passagem com efeitos com uma pegada Grind que empolga bastante. Apreciadores de pancadaria escancarada e gratuita irão deleitar-se com o som desta brutal banda; eles ainda tocam um cover do Mortician que ficou muito bom. A quarta banda do CD é o MASS OF SHIT que segue a linha da brutalidade; porra, esse pedaço de plástico é bombástico... Mas voltando ao M.O.S., é uma banda muito fudida, um batera que arregaça e tomou generosos goles na fonte do Grind, vocal poderoso e instrumental muito bom, mas que ficou um pouco baixo na mixagem em proporção à voz e à bateria, nada que comprometa ou tire o mérito deste fudido registro. Mas o som ficou com pouco peso; indiferente à isso, a música é muito foda, Grind/Gore recomendável à admiradores do estilo. A seguir temos o HIERARCHICAL PUNISHMENT com seu poderoso Death/Grind na linha de velhas escolas, principalmente do inicio dos anos ’90; muito bem executado, com temática lírica direcionada ao Core. Cara, essa banda me remeteu à uma época onde a sonoridade era intensa, brutal e crua, mas que há muito, está esquecida. Ótima banda, com identidade e personalidade indiscutíveis na execução de seus petardos e, para fechar o cd temos o RANCID FLESH, que neste registro conta com dois integrantes em sua formação. E neste registro, gravaram somente covers de bandas dos primórdios do Splatter  e do Gore, e apenas uma composição própria; vocais carregados de efeito, bateria com uma programação brutalmente insana, eles nos apresentam sua versão para o som de bandas como XYSMA, CARCASS, DEAD INFECTION, L.D.O.H.  entre outras;  quem curte música extrema em sua forma mais brutal, não deixar de conferir este CD.

BRUTAL MORTICÍNIO - DESPERTAR DOS CHACAIS... O OUTONO DOS POVOS (resenha)

BRUTAL MORTICÍNIO - DESPERTAR DOS CHACAIS... O OUTONO DOS POVOS
Por nekromanthorn@yahoo.com.br
(Estandarte do Inferno Distro)

A união de distros e selos tornou possível este relançamento do debut-cd que leva o mesmo nome, adicionado à três bônus. A horda Brutal Morticínio vem se destacando no underground extremo gaúcho, por relacionar história e posicionamento político com o Metal Negro. O posicionamento da horda à extrema esquerda permite criticar o mal realizado pelos homens brancos cristãos e elogiar os povos latino americanos, principalmente por assumirem uma postura contrária a qualquer tipo de exploração social/econômica/cultural. Como foi dito em entrevista ao blogue Metal Milícia 666: “ O cristianismo e seu fiel escudeiro, o capitalismo, são a origem de toda a pobreza e atraso de nossa nação sul-americana. Temos a compreensão do ser humano como mais um animal, parte da natureza. Somos contra qualquer forma de exploração social/econômica/cultural”. A horda desta forma expressa a sua preocupação com a “nação sul americana” do tempo presente, população esta cristã, em sua maioria. A ideologia da horda é bastante expressiva e, por que não dizer também, corajosa. De forma alguma eles fogem de um debate, pois as letras estão contidas no encarte deste CD, em português e traduzidas para o inglês. Outra razão para seu destaque é a sonoridade, que mescla Thrash, Black, Death e Depressive Black Metal; entre as bandas que me vêem à memória escutando este álbum são Sarcófago e Ravendarks Monarchal Canticle, além da horda homenageada com um cover, que seria Amen Corner. Excelente gravação, realizada parte no Hurricane e outra parte no estúdio 1000, ambos de Porto Alegre. Dois músicos gravaram as baterias, Mephistopheles (atualmente das hordas Movarbru e Imortal Perséfone) e André Rodrigues (da Evil Emperor). A formação que está ilustrando as páginas do encarte é: Mielikki (bass), Tormento (guitar/vocals) e André Rodrigues (drums). O guerreiro Mephistopheles não faz mais parte da horda, por isso, apesar de ter gravado as baterias nas músicas 1 a 8 e 11, não está constando sua fotografia no encarte. O CD começa com o hino A Escuridão Me Conforta, com um dedilhado que é altamente nostálgico, antes da brutalidade que segue e uma letra com ódio e com sincero sentimento negro, certamente se referindo a apropriação tirânica dos cristãos das terras e das vidas dos povos nativos da terra hoje chamada de América Latina. Outros momentos, há referências ao período que influenciou na escolha para a nomenclatura da horda, que seria o das “grandes navegações”, envolvendo a economia mercantilista e a expansão da mentira cristã na nossa terra que outrora foi pagã e por que não dizer também anti-cristã! Este hino é coerente com a proposta negra e politizada da Brutal Morticínio. Bases excelentes e ríspidas, com uma bateria incessante, como a esmurrar com destemor os cristãos usurpadores do passado! Banho de Sangue tem algo de War de Burzum em suas bases iniciais, com certeza uma comparação que não será bem vista por algum integrante da horda a ler esta humilde resenha. Infelizmente este hino possui menos de três minutos. Basicamente é um Death/Thrash com letras que criticam a desigualdade econômica e outras ações que “alimentam o mal”. Como a horda em outro hino cita os guerrilheiros Tupamaros, agradeceram as FARC-EP em seu material anterior, mencionam nas letras os navios escravistas africanos, os tumbeiros, a resistência escrava afro-brasileira, os quilombos, para mim não fica muito claro o que seria este “mal” alimentado pela apatia, pelos lucros, pela guerra, desespero e pela dor. Comparando esta letra com a do hino chamado E... A Morte Triunfa, quando há o clamor pela celebração do “supremo mal”, diria que há ora crítica contra a maldade, ora celebração desta maldade! Eu destaco tanto liricamente quanto musicalmente os hinos Estúpido e Podre Homem Branco Cristão e Evocando os Obsessores Espíritos das Florestas Austrais, com nítidas influências do Depressive Black Metal, lembrando bandas como Xasthur, Anti, Sun Of The Sleepless (mesmo que eu sinta rondando em todos os hinos desta horda influência predominante de Sarcófago) e letras que ao meu ver sintetizam a essência ideológica desta horda, contra a civilização cristã e suas conseqüências e a favor dos povos nativos pagãos do passado e quem luta contra o resultado da praga cristã hoje. Afirmo que a Brutal Morticínio surge também para trazer à tona, temas hoje deixados de lado no underground brasileiro. A horda possui em sua formação dois historiadores, causadores da interessante complexidade ideológica desta horda, talvez ainda não devidamente compreendida por muitos! Indicado aos que buscam um Metal Negro ao mesmo tempo "old school" e diferenciado!! A horda com certeza importa-se tanto com a sua música quanto com a sua ideologia, isso é elogiável; são onze hinos, que vale a pena conhecer!!


Hass - Unprocessed Dementia (resenha)

Hass - Unprocessed Dementia
Por nekromanthorn@yahoo.com.br
(Estandarte do Inferno Distro)

A horda é sulista, com nome em alemão que lembra o sobrenome do herói do nazismo Walter Richard Rudolf Hess e em uma antiga fita demo estava a suástica! Possui tudo para ser uma horda de NS Black Metal, mas não! A Hass é uma das várias hordas do sul que não trata de política em suas letras (pelo menos os títulos dos hinos das antigas demos Unmoralisch Black Metal- 2002 e Incest The Virgin- 2007 não aludem ao nazismo); o nome Hass significa “ódio” em alemão e possui uma pronúncia bem diferente do sobrenome do mártir nazista que era egípcio e foi morto aos 93 anos quando cumpria a sua pena perpétua; e a suástica além de não ser uma criação de Hitler já foi usada por outras bandas de metal que não eram nazistas como o Sepultura! As letras tratam de temas como deturpação da religião, humor negro, necrofilia, morte, ódio, escuridão, e estão no encarte do álbum Unprocessed Dementia. Outra relação que foi feita com o nazismo foi a arte gráfica que nada tem a ver com o Rudolf Hess. Então creio ter deixado claro que a Hass não é uma horda de NS Black Metal!
A horda é formada no início dos anos 2000 por ex-integrantes de Luciferiano, Ausbombem e Impuro, mas não espere encontrar algo semelhante a estas hordas. Hass possui sonoridade específica e eu prefiro não fazer comparações! São nove hinos, totalizando 36 minutos, contendo um cover para "No One Knows I'm Gone" de Tom Waits, que me pareceu pura ironia. O som nem sempre é veloz, e as guitarras são sempre bem trabalhadas e criativas. Há diversas variações executadas por Enmys e Hr. Canello neste CD dedicado por eles as pessoas malvadas, pervertidas, egoístas, arrogantes e feias. O quarto som chamado Redemption Song está disponibilizada na internet.
Depois de lançar duas demos bastante elogiadas pelo underground, Hass lança este álbum oficial Unprocessed Dementia através da união de treze selos e distros (uma parceria inédita), são eles:

Aigan Productions (MG) - www.aiganprod.com.br
Alcatéia Distro (SP) - www.alcateiametal.com
Anaites Records (MA) - www.anaitesrecords.com
Battle Ruins Distro (SP) - www.battleruinsdisto.com
Blasphemic Art Distro (RS) - www.blasphemicartdistro.blogspot.com
Cauterized Produtions (RS) - www.cauterizedprod.com
Corvo Records (SP) - corvorecords@hotmail.com
Desgraça Records (PR) - www.desgraça-records.blogspot.com
Hammer Of Damnation (SP) - www.hammerofdamnation.com.br
Metal Reunion Records (RJ) - musicreunion@gmail.com
Profanação Metálica Distro (MT) - celsodistro@hotmail.com
Underground Brasil Distro (AM) - thony.sacrifice@gmail.com
Violent Records (SP) - www.violentrecs.yolasite.com

A iniciativa foi de Gil Dessoy da Cauterized Productions, ex- Satanael Records. O material gráfico foi bem elaborado, em preto e branco e em papel couchê. Há desnível de qualidade de gravação, com alguns hinos melhor gravados do que outros, os mais mal gravados são os mais brutais, como o destacável Torment, que finaliza este CD. Black Metal para mentes livres e imoralistas.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Prévia de capa - Endless Massacre V


Está previsto para Novembro/2012 o lançamento do cd "Endless Massacre V", novamente trazendo 20 bandas de cena extrema (19 grupos do Brasil e 1 grupo da Venezuela). Confira abaixo as bandas que estarão presentes neste mais novo "apanhado" da pancadaria que infesta as mentes perturbadas do cenário underground:

01-Imperious Malevolence (Death Metal) Curitiba/PR
www.myspace.com/imperiousmalevolence

02-Jack Devil (Thrash Metal) São Luis/MA

03-Chemical Disaster (Death Metal) Santos/SP
www.myspace.com/chemicaldisasterband

04-Supersonic Brewer (Thrash Metal) Bento Gonçalves/RS

05-Antrofetido (Death Metal) Belém/PA

06-Leprous (Thrash Metal) Fortaleza/CE

07-Ocultan (Black Metal) São Paulo/SP

08-Massacre (Thrash Metal) Limeira/SP

09-Forbidden Ideas... (Death/Grind) São Paulo/SP

10-Attomica (Thrash Metal) São José dos Campos/SP

11-Imperador Belial (Speed/Power/Black Metal) São Gonçalo/RJ

12-Psychotic Eyes (Thrash/Death) São Paulo/SP

13-Crunch Delights (Splatter/Death) Curitiba/PR

14-[maua] (Thrash/Death Metal) Aracaju/SE

15-NervoChaos (Death Metal) São Paulo/SP
www.myspace.com/nervochaos

16-Blasphemical Procreation (Black Metal) Juiz de Fora/MG

17-Haboryn (Thrash Metal) Coro/Venezuela
www.myspace.com/haborynband

18-Hateful Carnage (Death Metal) Itapetininga/SP

19-Plague Remains (Thrash Metal) Bauru/SP
www.myspace.com/plagueremains

20-Vulcano (Black/Thrash) Santos/SP
http://www.vulcanometal.com/

sexta-feira, 13 de julho de 2012

ZOMBIFIED HUMANITY - 6-Way Split-CD


Último lançamento da Violent Recs!

Novo split-cd do Hierarchical Punishment, com 11 sons!!!!!

(VRS016) ZOMBIFIED HUMANITY - 6-Way Split-CD com:

Hierarchical Punishment (São Paulo)
http://soundcloud.com/cianetodiscos/hierarchical-punishment-fear

Syphilitic Abortion (Rio Grande do Sul)
http://soundcloud.com/cianetodiscos/syphilitic-abortion-devouring

Mithrubick (Rio Grande do Sul)
http://soundcloud.com/cianetodiscos/mithrubick-cycle-of-demise

Triturador (Ceará)
http://soundcloud.com/cianetodiscos/triturador-means-shit

Mass of Shit (Santa Catarina)
http://soundcloud.com/cianetodiscos/mass-of-shit-degolado-com

Rancid Flesh (Ceará / Rio Grande do Norte)
http://soundcloud.com/cianetodiscos/rancid-flesh-pulsating



Pedidos: violentrecs@yahoo.com.br